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Na escola ela era vitima de
bullyng dos colegas de classe o que fazia com que Preciosa não se relacionasse
com ninguém e nem participasse das atividades da turma, fica evidenciado ai a
falta de preparo da escola em lidar com uma questão que vai além da atenção
dada dentro de sala de aula, pois antes de ser questionada sobre o seu segundo
filho, Preciosa nunca havia recebido nenhum tipo de assistência ou orientação
por parte da escola. Por conseqüência de sua gravidez ela foi expulsa da escola
“normal” e encaminhada para uma que pudesse atender suas particularidades, aqui
mostra também uma alternativa curiosa, pois no lugar de integrar a política usada
pela escola é segregar os diferentes e não se adequar a suas necessidades.
Preciosa por ser vitima de
violência doméstica gerou um filho com síndrome de donw e apresenta um perfil
introspectivo e defensivo além de entrar em transe sempre que chega a uma
situação limite em sua vida, ela utiliza isso como uma fuga. Uma das poucas
pessoas que conversa e obrigada é a assistente social que quando a questiona
sobre seu filho diz que foi dado pelo seu pai, é a primeira vez que ela deixa
transparecer que sofreu abusos, o que mostra a importância da entrevista além
da sutileza nas respostas dos usuários.
Por sofrer pressão de sua mãe
para continuar recebendo o beneficio do estado, Preciosa é obrigada a mentir
para a Assitente social. Na visita domiciliar fica evidente a crítica pela
dependência da usuária com a assistência. Por o dinheiro ser a única forma de
auxilio e pelo único interesse da mãe em ver a filha na escola é a renda sem se
importar com a qualidade ou qualquer tipo de educação. Essa situação podemos
trazer para uma realidade bem próxima da vivida hoje em dia no país com a
política do bolsa família.
Ao começar a trilhar um caminho de independência e na busca de sua felicidade a jovem é surpreendida mais uma vez ao descobrir que é portadora do vírus HIV. O que nos faz ver como sua realidade é cruel, pois saiu de casa e tem que cuidar de uma filha com síndrome de Donw, do recém nascido além de arrumar um emprego, considero essa parte além de todo o filme um tapa na cara da sociedade.
Já no final quando a protagonista
se encontra com sua mãe fica evidenciada a dependência afetiva que sofria sua
mãe e a falha do sistema como um todo pois na escola seu comportamento nunca
foi “questionado” nem quando teve seu primeiro filho ainda muito nova, outra
questão para se levantar é atendimento feito pela assistência social, feitos em
baias juntos com muito outros, barulho e sem privacidade alguma.
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